

Vinte artistas portugueses para 20 horas de música eletrónica ao vivo. O Jardim de Inverno acontece nos dias 27 e 28 de fevereiro e poderá ser acompanhado a partir de casa.
Desde 2014 que o Parque Eduardo VII é o palco onde acontece o #JardimSonoro do Lisb-On. O evento atrai milhares de pessoas em três dias de música ininterrupta. A edição acontece sempre no primeiro fim de semana de setembro. É uma festa de adeus às férias de verão e boas-vindas aos novos ciclos.
Entretanto este ano, com o novo confinamento, a organização do evento quis realizar um festival online para promover a marca e aproximar-se do público. E não só, é também uma forma de ajudar os artistas locais que foram prejudicados com a pandemia causada pelo coronavírus.
Jardim de Inverno: apoio aos artistas
Zé Diogo, da organização do Lisb-On, conversou com a Lisboa Ride e contou-nos que a edição do #JardimSonoro mantém-se entre os dias 3 e 5 de setembro no Parque Eduardo VII. A equipa continua a trabalhar na produção do festival, no entanto, e devido à pandemia, é necessário um maior tempo de produção para ter certeza de que tudo correrá conforme o planejado.
Enquanto isto, como ficam os artistas locais? O Jardim de Inverno nasceu desta pergunra! Tornou-se uma oportunidade para não só promover o trabalho dos artistas, mas também aproximá-los do público que está confinado em casa.
A transmissão do festival será gratuita, havendo a possibilidade de fazer doações espontâneas durante os concertos. Os organizadores doarão parte do valor angariado à Casa dos Animais em Lisboa, que abriga cães e gatos de rua e promove a adoção responsável de animais de companhia.
DJ’s diferentes, performances diferentes
Os 20 artistas que irão participar no festival online Jardim de Inverno são de Portugal. Porém, e como seria de esperar, cada um tem uma personalidade diferente que promete marcar a primeira edição do festival neste formato.

Zé Diogo explica que todos são do mesmo espectro musical: a música eletrónica. Entretanto, as performances dividem-se em dois grandes grupos: DJ SET e Live Act. “DJ SET é a performance mais habitual, que vemos em casas noturnas. O artista prepara o repertório para tocar na festa”, explica. “Já o estilo Live Act é quando o músico tem uma música de base, mas toca de improviso para o público, de acordo com a energia do momento”, adiciona Zé Diogo.
Os nomes confirmados para o sábado são: Narciso, O/B DJ’s, DJ AL, CVL, Caroline Lethõ, 2Jack4U, Salbani, Solid Funk e Vil. Já no domingo vão tocar: Pagão, DJ KI, Telma, Zoy, Hams & Honeydrop, Cruz, Zenner, Mary B e Zé Salvador
Veja os horários da live aqui
Como irá funcionar a transmissão
Cada artista vai tocar cerca de uma hora em formato de live streaming a partir de um estúdio nos arredores de Lisboa. Apenas um artista ou conjunto de DJ’s tocará de cada vez, ou seja, não haverá contacto entre os artistas de modo a evitar qualquer aglomeração. Além disso, todas as medidas de segurança serão seguidas. A decisão de transmitir o festival a partir de um estúdio foi tomada de forma a garantir a qualidade do som.
Para assistir ao festival em direto, os participantes devem fazer um registo no site do Lisb-On e abrir a mensagem que irão receber por SMS e por e-mail. Como mencionámos, a ideia é que o público colabore de forma espontânea com os artistas. Para isto, poderá aceder à seção “Cuida do teu Jardim”. Além das doações, os participantes poderão ainda interagir com os músicos e artistas através de um chat interativo.
Festival do futuro
Claro que todos esperamos que a situação melhore e que possamos todos voltar à rotina, o que inclui o convívio social sem restrições e medos.

Um festival de música sem contacto com as pessoas, sem dançar, conversar e cantar, não é um festival. Porém, neste momento, é preciso reinventar. Por isso, a ideia da organização do Lisb-On é promover mais festivais em formato live streaming, e, assim, ajudar mais artistas, profissionais da cultura que atuam nos bastidores e mais entidades que lutam por uma causa social. Enquanto não podemos ter certezas sobre o amanhã, apenas é possível colaborarmos uns com os outros da maneira mais segura para todos.
Então que tal aproveitar dois dias intensos de música eletrónica e apoiar os artistas locais?
Let’s Take a Ride?
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