

3 dias de ótimos concertos na cidade
texto por Christiana Bernardes e Nuno Efe
Quando o Meo Kalorama apresentou o melhor cartaz de festival no começo do ano, muita gente ficou animada com a possibilidade de ver grandes concertos num espaço com área verde no Parque da Bela Vista em Lisboa. Para quem aprecia música de verdade, era incrível a oportunidade de ver Arctic Monkeys, Chemical Brothers, Kraftwerk, Peaches, Chet Faker, Blossoms, Bonobo, Legendary Tiger Man, Marina Sena, Ornatos Violeta, Moderat, numa mesma oportunidade. Quando anunciou que também iram trazer Nick Cave and The Bad Seeds, o Festival MEO Kalorama mostrou que não nasceu para brincar.

3º dia – O magnetismo de Nick Cave e sua Bad Seeds
Nick Cave and The Bad Seeds fizeram um concerto magnífico. Com presença, atitude, carisma e talento excepcionais, Sr Cave e sua banda fizeram uma atuação magnética e emocionante. Quem conheçe a importância de Cave na música, estava ali atento à voz única do cantor e canções belíssimamente executadas pelos 10 músicos que o acompanhavam no palco MEO (principal). Para os que não tem ouvido tão refinado para música, talvez não tenham dado a devida atenção ao Nick Cave. Para os que sabiam exatamente quem era aquele elegante senhor no auge de seus 64 anos, a apresentação foi impresssioante.

Com sua fantástica banda, Nick Cave era como um “Deus”, elevado pelos mãos do público. Em seu último concerto depois de 3 meses na estrada com a turné de verão europeu, Nick Cave fez certamente a melhor apresentação do festival MEO Kalorama. E por que não dizer de todo o verão português? Simplesmente genial! Foi muito dificil pra quem cantou repetidamente “Cry, cry, cry! Boom, boom, boom! Just breathe, just breathe! All night long!” com Cave, depois contentar se com Chet Faker no palco Colina (secundário).

Num caminho extremamente oposto, Chet apresentou se sozinho para milhares de pessoas que não perceberam nada do concerto de Cave. Correto e previssível, Faker fez o público dançar e alegrou os mais animados pela agitação naquele dia. Foi um bom concerto, nada de especial. Mas teve gente que amou. Logo após, a opção era no palco principal com o Disclosure. Ok, aquele combo eletrônico com pressão e belas projeções. Mas mais do mesmo.
Por um motivo feliz qualquer, a produção alterou alguns horários. E colocou o Club Macumba para encerrar o festival no palco Futura. Tó Trips, João Doce, Gonçalo Prazeres e Gonçalos Leonardo fizeram um concerto eletrizante. E no encore, a banda tirou o público do chão, no que talvez tenha sido o único mosh de todo o evento. Melhor maneira para finalizar 3 dias de festival, impossível!
1 º dia – Música é para dançar e, se calhar, moshar
Até porque, no primeiro dia, a segurança do palco principal, estava em busca de tirar da platéia qualquer um que ousasse dançar animadamente. No concerto energético e dançante dos The Chemical Brothers, os seguranças estavam atentos por banir quem estivesse mais alegre. Com o power apresentado pelos Chemical Brothers, aquilo não fazia muito sentido. A pergunta que fica: porque nos festivais em Lisboa o mosh é visto como algo mal e até mesmo proibido?

Há concertos onde o mosh faz todo o sentido, já outros o intuito é mesmo contemplativo. Como foi a caso dos imortais Kraftwerk. Com o mesmo concerto e projeções de décadas, os alemães mostraram supremacia e de onde é que vem quase toda a música feita por sintetizadores. Os clássicos dos Kraftwerk, ilustrados em 3D no palco Colina (secundário), deixaram o público devidamente hipnotosado. Sempre bom poder ver e ouvir os precurssores que merecem todo o respeito.

A confusão foi que, o concerto dos 2 Many Djs com o Tiga, ficou marcado para o mesmo horário dos Kraftwerk. O que correu mal, literalmente. Após 10 minutos de apresentação, os 2 Many Djs, deixaram o palco principal, sem nenhuma explicação. Segundo informações oficiais do festival, o concerto, que acontecia simultaneamente ao dos Kraftwerk, foi interrompido por conflito de sons. Realmente, os palcos principal e secundários eram muito próximos. E colocar Kraftwerk e 2 Many Djs na mesma hora não pareceu ser uma boa escolha. De toda forma, o festival mostrou toda a preocupação e respeito que por seu público. E prometeu a apresentação dos 2 Many DJs para a próxima edição.

2º dia – A união de gerações para ver os Arctic Monkeys
Com um público geral estimado em 112 mil pessoas, foi no 2º dia em que o Kalorama ficou “sold out”. Uma mistura de gerações, onde pais e filhos estavam juntos para ver e ouvir os Arctic Monkeys. O dia com os 40 mil bilhetes esgotados, mostrou que alguma parte da geração Z não está totalmente perdida nos ecrãs dos telemóveis. Eles não apenas fazem dançinhas no Tik Tok. Sim, eles também gostam da boa música dos Arctic Monkeys.

Foi maravilhoso ver vários adolescentes a curtir, e muito, o concerto mais esperado do festival. Os ingleses dos Arctic Monkeys não deixaram nada a desejar e foram mesmo o ponto forte da noite. O guitarrista e vocalista Alex Turner comandou ao lado de seus companheiros de banda um repertório com os maiores sucessos, tocados lindamente com a clássica energia dos bons concertos de rock.
Festival veio para ficar
Em sua 1ª edição, o MEO Kalorama afirmou-se, sem dúvidas, como um importante festival de música em Lisboa. Com os bilhetes de passes para os 3 dias esgotados e com um público em grande parte formado por estrangueiros, revelou se como também uma excelente oportunidade para visitar a Lisboa na altura do verão. Apesar de alguns aprendizados sobre posicionamento de palco, horários de concertos, pouca estrutura para casas de banho (que por fim foram ampliadas no último dia), o evento mostrou seu potencial. E o mais importante: o que um festival precisa mesmo para ter sua relevância é colocar a música em primeiro plano. Que venha a 2ª edição!
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