CulturaNEW IN

O Diário de Anne Frank

Em 1942, Anne Frank, começou a escrever no seu diário. Mal sabia ela que, um dia, esse mesmo diário se tornaria um dos livros mais importantes sobre o Holocausto. Foi traduzido para 70 idiomas, e foram 40 milhões de exemplares vendidos, pelo mundo todo.

O Diário de Anne Frank, segundo a UNESCO, é dos uns 10 livros mais lidos no mundo. Esta visão quotidiana de uma menina escondida, não só a impactou, como mudou a vida de todos os que já a leram, em algum momento da sua vida.

Assim, para preservar a memória de um povo, na voz de Anne, o seu diário consta na lista dos bens do Programa Memória do Mundo, da UNESCO. Este programa tem como objetivo proteger e promover o património documental mundial.

Fonte: Teatro da Trindade

Não esqueçamos que a Memória Mundo diz respeito à memória coletiva e documentada dos povos, representando uma vasta maioria do património cultural mundial.

Anne Frank nasceu na Alemanha, no dia 12 de junho de 1929, no seio de uma família judia. Em 1934, a sua família fugiu para a Holanda, para se esconderem dos nazis. É a partir daqui que começa todo o desespero. Anne Frank e a sua família, um casal amigo e seu filho, e um desconhecido viveram, escondidos e em silêncio, durante dois anos, num abrigo secreto.

Otto Frank, o único sobrevivente, honrou a memória da sua filha, dando a conhecer ao mundo, o seu diário.

O Teatro da Trindade traz, a peça “O Diário de Anne Frank”

A primeira cena é comovente. Otto Frank, recebe o diário e um amontado de folhas que pertenceram à sua filha. A emoção, tão bem representada por João Reis, emociona todos os que estão na sala.

A peça é crua, sem qualquer romancismo. Sente-se e vê-se a responsabilidade de todos os envolvidos na história. Ao mesmo tempo, para tornar mais leve, uma comédia junta-se pelo meio, porque Anne Frank era uma menina que gostava de tagarelar.

A peça, sem qualquer rodeio, põe em cena a vivência e esperança de um grupo de pessoas; não se lê a obra de ânimo leve, muito menos se a assiste assim… Contudo, a esperança, a ignorância e a inteligência de uma menina tornam-se num combustível para (re)pensarmos nos dias de hoje. Há temas que mesmo tendo meio século são, ainda, tão presentes. Há um apelo à responsabilidade humana, de aprender com o passado e tornar um mundo melhor para as gerações que aí vêem.

Encenada por Marco Medreiros, a peça “O Diário de Anne Frank”, de Frances Goodrich e Albert Hackett, junta em palco Beatriz Frazão, interpretando a menina alemã de origem judaica, João Reis, Anabela Moreira, Carla Chambel, Catarina Couto Sousa, Diogo Mesquita, João Bettencourt, Paulo Pinto, Rita Tristão da Silva e Romeu Vala.

Fonte: Teatro da Trindade

A peça “O Diário de Anne Frank” estreou no dia 8 de setembro, e no primeiro aviso estendia-se até dia 13 de novembro. Recentemente, através das redes sociais, o Teatro da Trindade anunciou que a peça, tendo em conta o seu sucesso e procura, estará em cena até dia 30 de dezembro.

Mais Informações

A peça está em cena de quarta-feira a sábado às 21h00 e aos domingos às 16h30, na sala Carmen Dolores. O preço é acessível a todos, rondando os 10€ e os 20€.

Uma dica, quarta-feira é o dia do espectador sendo, por isso, os bilhetes mais baratos. Todas as informações estão disponíveis aqui.

Anote esta sugestão da Lisboa Ride e maravilhe-se com esta peça de teatro, capaz de mexer com todas as nossas emoções.  

Similar Posts

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *