

Entra-se numa pastelaria para uma conversa animada com amigos ou família. Pede-se um café e um pastel de nata! Ah, e não se pode esquecer a canela. Num outro lugar, em Belém, acontece o mesmo! Mas, desta vez, com um Pastel de Belém.

Recentemente, soube-se que o Pastel de Belém e o Pastel Nata foram considerados os melhores doces do mundo, segundo o Taste Atlas, numa longa lista cheia de diferentes tipos de doçaria. O Taste Atlas é uma enciclopédia de sabores e uma autêntica influência no que toca a plataformas gastronómicas mundiais.
Na lista dos melhores bolos do mundo, o Pastel de Belém encontra-se em primeiro lugar, com uma pontuação de 4,9 em 5. No segundo lugar sentou-se o Pastel de Nata, com uma classificação de 4,8.
É maravilhoso saber que estes doces tão populares em Portugal, estão na boca do mundo!
São dois doces muito semelhantes, mas têm uma história e origem completamente diferente. E lembra-te, a gastronomia também conta histórias.
Pastel de Belém
A Revolução Liberal, que aconteceu em 1820, levou ao encerramento dos conventos e mosteiros de Portugal, em 1834 e, consequentemente, à expulsão do clero e os seus trabalhadores.
Nessa altura, e numa tentativa de sobreviveram economicamente, os monges do Mosteiro de Jerónimos começaram a confecionar uns pequenos pastéis, que seriam rapidamente conhecidos como Pastéis de Belém.
Em 1837, a confeção dos Pastéis de Belém passou a ser feita numas instalações, perto do mosteiro, regida pela receita secreta dos monges. A receita dos deliciosos doces foi apenas transmitida aos pasteleiros que iriam fabricar artesanalmente os pastéis.
A receita, assim como o modo de fabrico encontram-se inalterados, até agora.

Pastel de Nata
Existem várias histórias que sustentam a origem da tacinha crocante de massa folhada com creme.
O pastel de nata, um dos embaixadores da doçaria portuguesa, tem a sua origem um pouco antes do Pastel de Belém.
O primeiro registo a este doce encontra-se no livro de cozinha da Infanta D. Maria de Portugal (1538-1577), neta do rei D.Manuel I. D. Maria gostava de experiências gastronómicas, e ao longo do tempo foi aperfeiçoando esse talento, que trazia com ela.
Do seu livro de receitas, constava uns pastéis de leite, em que era vertido numa tacinha de massa um creme, que depois levava ao forno
Esse pastel de leite é a primeira ligação ao atual pastel de nata.
Porém, a primeira referência ao nome do pastel de nata, surge no século XIX, no Mosteiro de Odivelas. Nesta altura, a Abadessa do mosteiro, D. Bernardina da Conceição tinha um caderno onde documentava todas as receitas criadas. A primeira página do caderno era dedicada aos pastéis de nata, que apresentava uma versão para servir frio e quente, cuja diferença assentava na canela que era colocada no recheio.

O Presente
O que é certo é que o Pastel de Nata está presente em todas as pastelarias de Portugal e no mundo. É um doce que não falta nas montras dos cafés em Lisboa, a qual é o acompanhamento perfeito para um café.
No entanto, o Pastel de Belém apenas é feito em Belém, na sua fábrica. A grande diferença é essa.
Onde comer os melhores doces do mundo?
Para comeres o Pastel de Belém tem de ser em Belém e na clássica Fábrica Pastéis de Belém, Rua de Belém n.º 84 a 92.
O pastel de nata encontra-se em quase todas as pastelarias. No entanto, deixamos aqui algumas sugestões, em Lisboa.
Manteigaria
- Rua do Loreto 2, 1200-108 Lisboa
- Rua Augusta 195, 1100-619 Lisboa
- Time Out Market: Av. 24 de Julho 49, 1200-479 Lisboa
Confeitaria Nacional
- Rossio: Praça da Figueira 18B, 1100-241 Lisboa
- Belém: Av. Brasília, 1400-038 Lisboa
- Centro Comercial Amoreiras: Av. Eng. Duarte Pacheco, 1070-103 Lisboa
Fábrica das Natas
- Rua Augusta n.º 275 A, 1100-052 Lisboa
- Praça dos Restauradores n.º 62-68, 1250-110 Lisboa
Pastelaria Versailles
- Versailles Saldanha: Av. da República 15A, 1050-185 Lisboa
- Versailles Belém: Rua da Junqueira 528, 1300-598 Lisboa
- Versailles Gelataria: Av. da República 21, 1050-083 Lisboa
- No Aeroporto da Portela, 1700-111 Lisboa
